No princípio de Dezembro recebi este email:
“Um dia abandonaram-me e eu fui parar à porta de uma escola onde havia muita gente a entrar e a sair. Fiquei ali todo o dia mostrando como era simpático e a pedir que alguém tomasse conta de mim. Uns miúdos deram-me de comer e outros deram-me pontapés.
A noite caiu e ninguém quis saber. Depois apareceram uns professores, fizeram-me umas festas, disseram umas coisas e foram-se embora. Mas uma delas voltou com comida e água. E que fome e sede eu tinha! Desapareceu de novo e voltou com mais comida e depois parecia que não se queria ir embora. Fazia telefonemas e não queria que eu ficasse ali na rua, porque dizia que aquele sítio era perigoso, e que cãezitos como eu eram levados para atiçar os cães grandes nas lutas de cães. Queria que eu ficasse dentro da escola mas não deixaram e então meteu-me no carro e levou-me para casa dela.
Quando cheguei lá a casa descobri que já lá viviam outros inquilinos de raça felina e que não acharam graça nenhuma em ver-me por ali. Ela teve de os agarrar e fechar porque queriam lutar comigo. Depois meteu-me de novo no carro e levou-me para outra casa onde só havia humanos e onde eu podia ficar temporariamente.”
Menos de 15 dias depois recebi um novo email:
“Olá.
Venho dar-te a boa notícia de que já tenho um lar. Daqueles que tem casa para viver e espaço lá fora para brincar, com árvores e tudo. E na casa tenho sempre humanos para me darem mimos, um companheiro para brincar (se bem que já um pouco velhote e com pouca paciência para as minhas cachorrices) e frequentemente crianças . Uma delas deu-me o nome de Woody e quando lá cheguei já tinha sido baptizado.”
Como houve vários interessados no Woody, ele fez questão de mandar informação sobre outros cães parecidos com ele que estão para adopção: o Fisgas, o Nicolau, a Cira, a Nina, o Paco, o Óscar, o Scary.
(texto e fotografia de Manuela R. - que salvou o Woody)
9 comments:
Felicidades, Woody antes Lucky. És lindo!
Que todos os outros tenham a mesma sorte. Ai, se eu tivesse uma varinha de condão!
Boa sorte e longa vida, ó lucky Woody :)
Ontem adoptámos um cão cego que tinha sido abandonado e fiquei tão revoltada que fui logo para o blog queixar-me da falta de piedade dos seres humanos. Agora que já estou mais calma e vim aqui parar, fiquei contente por ler um testemunho de bondade humana. Bem hajas por teres postado isso e teres restaurado um bocadinho da minha fé na capacidade das pessoas em fazerem o bem. Beijos.
:-) Eu ainda acredito na bondade humana...Sei que esta não está bem distribuída mas eu tenho fé. Para as essoas como as que adoptaram o Woody, que não ficam indiferentes, o meu obrigada!
E, realmente, o Woody é um verdadeiro lucky!
O lucky Woody :) aqui já tinha tomado uma bela banhoca...
Diz a salvadora que se formou uma rede de apoio fantástica - que contribuiu para que o Woody encontrasse um Dono.
Que história fantástica!!!
Lucky Woody, a vida sorriu te e ainda bem, tens o ar mais querido do mundo e mereces tudo de bom! E três vivas para a salvadora do Woody!!!
Sim, é bonito ler histórias destas. Faz bem. Mas ainda há tantos animais a sofrer... O ser humano julga-se dono do planeta e da natureza, como se nesta Terra não houvesse lugar para outras espécies.
Vai-se dar mal, se continuar assim, ai vai...
ainda bem que há histórias assim
já me puseram a chorar... ai as hormonas k nao perdoam!
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